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Saturday, June 11, 2016

Apenas memórias





Imagens apenas ilustrativas 

Crônica de Janio Ribeiro 


Outro dia entrei num café ali na Rua da Palha, digo Pedro Gonçalves, peguei um Jornal Tribuna de Indaiá e comecei a folhear para passar o tempo.
Mas não deu tempo de ler nem o editorial, quando a atendente simpática perguntou se eu queria açúcar ou adoçante, meio distraído respondi açúcar, a moça era linda, uma mulata da cor do Éden, mas não é sobre o pecado original, que a minha mente se emaranhou  naquela manhã.
Senti o cheiro que eu gosto muito, aroma do café que acabou de ser processado, abri o pacotinho de açúcar com aquela sentença: Desfrute novas fronteiras ou algo assim! Pensei no velho casarão, no tempo do engenho e no tempo do café.
Lembrei-me dos saudosos e saudosistas da velha Academia Indaiatubana de Letras que nunca saiu do papel, e dos sonhadores da Sociedade dos Escritores que se reuniram durante quase um ano, mas por decisão democrática fizeram daquilo apenas um sonho e uma utopia. (Penna e Eliana Mattos e alguns novos talvez se reúnem até hoje, mas sem a mesma periodicidade e os debates acalorados presididos pelo jovem Gere Jeferson  Canova).

Mas também não é sobre a literatura Indaiatubana,  que cresce e aparece todos os dias, que quero falar nesta prosa, nem sobre o velho casarão, nem sobre a beleza da mulata, sem sobre o requintado e agradável aroma do café, é apenas e simplesmente sobre a memória, de um dia qualquer, de uma Indaiatuba impar. 

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